Muito se fala sobre Segurança e Saúde do Trabalho nas empresas, porém, é comum que haja um certo tom de crítica, com opiniões que revelam discordância com as medidas adotadas pelos profissionais da área. Isso acontece devido ao desconhecimento das funções e leis que as direcionam e, principalmente, um menosprezo pelos riscos existentes e suas consequências.
Assim, com o passar do tempo, foram se formando crenças sobre o tema, contribuindo com os equívocos existentes, que devem ser desconstruídos para permitir uma visão condizente com a importância da prevenção a acidentes e doenças. Por isso, o artigo de hoje é sobre 6 mitos sobre SST no ambiente de trabalho, a fim de esclarecer melhor os fatos. Confira!
Veja 6 mitos sobre SST no ambiente de trabalho
1) As leis e os profissionais de SST são exagerados
É um dos 6 mitos sobre SST bem presente entre empresários e funcionários, que acreditam que os profissionais dessa área veem riscos em tudo e os superestimam. No entanto, é necessário entender que todos trabalham segundo as leis e cada uma destas foi estudada, inclusive, com testes e ensaios técnicos, de forma que sua exatidão é comprovada.
Infelizmente, as piores formas de detecção de que uma regra deveria ser diferente são a doença e/ou o acidente do trabalho – que não podem ser admitidos como tentativa e erro. Já o contrário – os indicadores de que a SST está atuando corretamente – são, justamente, o não-acontecimento de algo, o que torna mais difícil o convencimento do público envolvido.
2) Os profissionais de SST são chatos
Em continuidade ao item acima, também é habitual que os técnicos e engenheiros de segurança do trabalho sejam até desprezados na empresa, tratados mal, inclusive, nas relações interpessoais. Porém, há de se perceber que são trabalhadores como quaisquer outros, no cumprimento de suas obrigações.
Como as atividades de SST são regidas por lei, não há a possibilidade de flexibilizações quanto à adoção das normas na prática, além de que os riscos levantados são reais, podendo causar danos irreparáveis, como doenças, lesões e mesmo a morte de um ou mais funcionários num único evento, o que destrói pessoas e famílias.
Portanto, estamos falando de enorme responsabilidade com a vida, a integridade física e a saúde de muitos, motivo principal de seu famoso “rigor”. Para completar, qualquer falha observada na apuração de uma ocorrência indesejável pode resultar em imputações na justiça (processos, indenizações, condenações que levam à prisão) e perda da autorização para o exercício da profissão.
Agora, diga: quem arriscaria a própria habilitação, carreira e a liberdade para satisfazer a alguém que quer executar um trabalho sem adotar as medidas de saúde e segurança, de acordo com a determinação legal? Pois é… é preferível ficar com a fama de chato mesmo.
3) SST é cara e é desperdício de dinheiro
Essa é outra sentença muito divulgada entre os 6 mitos sobre SST e, como sempre, sem um conhecimento básico do assunto, pois é fácil analisar que as consequências de um acidente ou doença relacionados ao trabalho são imensamente mais custosos do que o que se desembolsa com a SST, tais como:
- Atendimento médico (ambulância, consultas, exames, medicamentos, internações, cirurgias, tratamento psicoemocional);
- Danos à saúde mental dos trabalhadores;
- Paralização dos serviços e equipes;
- Substituição do funcionário afastado;
- Direcionamento de grupo com representantes de diversos escalões para a investigação da ocorrência;
- Reposição das perdas materiais;
- Indenizações;
- Funeral;
- Danos às famílias, com a incapacidade parcial ou total ou morte do acidentado – que não tem preço.
É fundamental que todos os custos de um acidente ou doença relacionada ao trabalho sejam registrados em planilha para apresentação à empresa, em comparação aos da prevenção. Assim é possível demonstrar que SST não é gasto, é investimento.
4) As medidas de SST atrasam os serviços
Conforme citado no tópico anterior, um acidente paralisa tudo, exige a reorganização do local, reposição de equipamentos e materiais e a retomada das atividades pelos funcionários envolvidos. Essa perda de tempo é muito maior do que o necessário para a implementação das medidas preventivas.
5) Não há como eliminar os riscos no trabalho
Sabemos que um risco é decorrente da relação de um perigo com a gravidade e frequência com que pode ocorrer. Então, podemos ter uma área com perigos que, devido às ações de controle e mitigação, acabam por terem eliminados ou neutralizados os seus riscos, contradizendo um dos 6 mitos sobre SST, que define este resultado como impossível.
Claro que quando um acidente ou doença acontece é porque uma situação não foi tratada com os cuidados da prevenção. Portanto, as ações de SST são obrigação da empresa e de todos os que nela atuam (lideranças, funcionários, subcontratados, fornecedores, visitantes e quaisquer outros que permaneçam por curtas ou longas jornadas em suas dependências).
6) Acidentes e doenças simplesmente acontecem
Até mesmo um raio que atingiu alguém pode ter uma causa provocada, como, nesse exemplo, permanecer numa área aberta ou ficar debaixo de uma árvore num momento de tempestade com raios. Essa analogia é para dizer que as doenças e acidentes ocupacionais têm causas que podem, sim, ser evitadas e solucionadas antes que provoquem prejuízos.
Comprovadamente, mais de 99% das ocorrências são previsíveis – e as análises de riscos são a base desse levantamento e recomendações – e controláveis (com sua eliminação ou mitigação). Dessa forma, agir na prevenção é certeza da diminuição da probabilidade desses eventos indesejáveis acontecerem.
Como esses 6 mitos sobre SST no ambiente de trabalho são recorrentes, é imprescindível a realização de campanhas para a transformação do pensamento equivocado, criação e manutenção do que chamamos de “cultura de segurança” (decisão natural e automática por agir certo), que inclui a elucidação sobre os dados, de maneira técnica, detalhada e registrada.
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Pedro Bezerra
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