No dia a dia de um profissional de SST realizar a gestão de segurança no ambiente ocupacional é essencial, afinal, as pessoas passam a maior parte dos seus dias trabalhando e por isso, estão expostas a diversas situações que podem comprometer sua saúde e até a vida.
Mas para realizar uma boa gestão de segurança, é preciso fazer uma análise e mapeamento de risco.
No artigo de hoje vamos falar sobre como você pode fazer isso na sua empresa.
O que é análise de risco do trabalho?
A análise de riscos ou análise de segurança do trabalho é uma ferramenta muito importante para Profissionais de SST onde através de um estudo técnico, é possível identificar e analisar os possíveis riscos presentes no ambiente de trabalho.
Essa análise além de avaliar os perigos, também são considerados a influência e presença de terceiros.
O principal objetivo da análise de risco, não é apenas entender o que pode ser prejudicial à saúde e segurança do trabalho do profissional, mas também quais as medidas necessárias para combater estes riscos, que podem ser:
- Preventivas: tem como finalidade prevenir que o risco identificado ocorra. Mesmo aplicada, não impede totalmente que o acidente aconteça.
- Corretivas: tomadas após o acidente com o objetivo de sanar o problema. Elas podem vir junto com medidas punitivas e restritivas, tanto para a empresa quanto para o trabalhador.
Um outro ponto muito importante da análise de risco é que além de contribuir para trazer mais segurança ao ambiente de trabalho, ela também serve como base para que os profissionais de SST desenvolvam ou aperfeiçoam programas de segurança do trabalho.
Como fazer uma análise de risco?
A análise de riscos deve fazer parte da rotina, mas saber por onde começar pode ser um verdadeiro desafio para quem não está acostumado a trabalhar com esse tipo de planejamento estratégico.
Para ajudar, separamos como a análise dos riscos do ambiente de trabalho pode ser feita em 4 passos:
Análise do ambiente de trabalho
O primeiro passo é entender os procedimentos realizados em cada local de trabalho e com o que trabalhador estará envolvido. Por exemplo: um operador de máquina não possui as mesmas atividades e rotina do que um Forneiro.
Identificar os riscos
Depois de entender quais riscos cada ocupação está sujeita, é hora de mapear os riscos de cada ambiente, anotando cada atividade suspeita e passível de acidente.
É importante realizar uma verdadeira imersão em cada ambiente de trabalho para identificar todos os possíveis riscos, dos pequenos aos grandes.
Imagine a seguinte situação:
Você está acompanhando o dia a dia de cada um dos colaboradores para entender a quais problemas eles estão sujeitos. Depois de avaliar um soldador, você foi entender os perigos da ocupação de um profissional que trabalha com as altas temperaturas. Você percebe que ele já utiliza os EPIs necessários, como a Capa Aluminizada, mas percebe que suas pernas também estão sujeitas a riscos, sendo necessário assim uma Perneira Aluminizada.
Por isso é importante anotar tudo, pois só assim será possível pensar em medidas de segurança completas para cada função.
Analisar os riscos e realizar medidas preventivas
Agora é hora de traçar quais soluções podem evitar os riscos identificados no tópico acima e quais outros procedimentos são necessários para garantir a segurança do trabalho e implementá-los.
Documentar os riscos
Tão importante quanto colocar em prática as medidas protetivas, é documentar o que foi feito e os resultados que estão sendo obtidos.
Isso será essencial para que possa ser feito um mapeamento completo de riscos. Além disso, essa documentação facilitará que as soluções sejam aperfeiçoadas ao longo do tempo, aumentando o nível de segurança
Ferramentas de análise de risco
Para fazer uma boa análise de riscos, é importante utilizar algumas ferramentas e metodologias de gerenciamento de processos e problemas.
Não existe um modelo certo, existe o que melhor irá se encaixar dentro da sua empresa e necessidades.
Listamos aqui algumas das melhores e mais utilizadas ferramentas para fazer uma gestão de riscos.
Análise dos Modos de Falha e Efeitos (FMEA)
Tem como principal objetivo identificar e analisar as possíveis falhas dentro de um processo.
Essa metodologia também permite realizar a priorização dos riscos de acordo com a gravidade de cada falha.
Análise Preliminar de Risco (APR)
É uma ferramenta de análise e gerenciamento de risco que tem como objetivo identificar riscos durante a realização de um determinado trabalho. Com ela é possível identificar e corrigir problemas previamente.
Ela é feita através de um estudo bem detalhado e antecipado à aplicação do processo.
Análise de Árvore de Falhas (AAF)
Uma das mais utilizadas, a Análise de Árvore de Falhas é uma metodologia que através de um sistema de conexões, que imitam uma árvore, seja identificado os eventos que podem gerar ou influenciar uma falha. Tudo de uma maneira visual.
Além disso, esse método também permite a avaliação da porcentagem que cada risco tem de ocorrer.
5 porquês
Uma outra ferramenta muito utilizada em diversas indústrias é a dos 5 porquês ou 5W2H como também é conhecida.
Ela é mais uma técnica do que uma metodologia, onde através de porquês você consegue encontrar a causa raiz das falhas ou acidentes.
Como você viu não basta apenas fornecer EPIs, é necessário entender como eles serão usados e se eles estão adequados ao risco da atividade. E isso só é possível com uma boa análise de risco de trabalho.
Quer saber mais sobre gestão de riscos no ambiente ocupacional? Então, comente aqui o que deseja saber sobre! Sua opinião é muito importante para nós!
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Abraços,
Pedro Bezerra
SUPREMA | EPIs para Alta Temperatura
