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Pirâmide de Bird: O que é e como aplicá-la em SST?

“Todo acidente possui uma causa, nenhum acidente acontece por acaso.”

Foi nesta frase de Herbert William Heinrich que o pesquisador Frank E. Bird se baseou ao criar uma pirâmide da segurança do trabalho, a famosa Pirâmide de Bird.

A ideia surgiu de uma pesquisa feita por Bird quando ele trabalhava em uma Empresa de Seguros na América do Norte. O pesquisador analisou quase 2 milhões de acidentes reportados em 297 empresas diferentes. Essas empresas representavam 21 grupos industriais com 1 milhão e 700 mil funcionários que trabalharam por 3 bilhões de horas durante a pesquisa.

O resultado do estudo gerou um padrão dos acidentes de trabalho.

A proporção da Pirâmide de Bird

Na sua pesquisa, Bird constatou um terrível padrão de acidentes cuja proporção era de 1:10:30:600, ou seja:

1:10 – para cada acidente sério, existem 10 acidentes de proporção menor;
1:10:30 – a cada acidente sério, existem 10 acidentes menores e 30 com danos materiais;
1:10:30:600 – para cada acidente sério, há 10 acidentes menores, 30 com danos materiais à propriedade e 600 acidentes menores ou quase-acidentes.

Como conclusão do seu trabalho, Bird percebeu que a solução para prevenir os grandes acidentes era evitar até mesmo os menos graves.

Como aplicar a Pirâmide de Bird em SST

Ora, você pode estar neste momento pensando que o estudo de Bird pode não se aplicar ao segmento da sua empresa, o que, sim, de fato, não terá a mesma proporção. Contudo, as lições aprendidas com Bird servem para guiar qualquer Profissional de SST em prol da segurança e bem-estar de todos.

Fique de olho nas principais lições:

1. Não deixe de dar atenção ao trivial

Mesmo que esse estudo tenha mais de 50 anos de existência e o mercado de trabalho tenha mudado bastante durante esse tempo, alguns ensinamentos servem para a nossa realidade.

Prevendo uma necessidade de atualização desse gráfico, a Dupont, uma empresa mundialmente conhecida por atuar na prevenção de acidentes de trabalho, trouxe dados mais atuais:

  • 1 acidente fatal;
  • 30 acidentes com afastamento;
  • 300 acidentes sem afastamento;
  • 3.000 incidentes;
  • 30.000 desvios comportamentais.

Observe que, mesmo na versão de Bird ou na da Dupont, o que se destaca é a grande quantidade de desvios que ocorrem sem grandes proporções, principalmente durante a realização de atividades rotineiras, pois são aquelas que recebem menos cuidado. Por isso, a atenção com esse tipo de atividades devem ser redobradas.

2. Evite que desvios se tornem acidentes fatais

É comum que no dia a dia a confiança em realizar atividades rotineiras tirem a atenção de todos com cuidados relativamente simples como conferir se um Avental Aluminizado, por exemplo, está em perfeito estado de utilização.

No entanto, se observamos atentamente à Pirâmide de Bird, veremos que esses desvios que não impactam diretamente em um acidente acabam contribuindo para que os fatais ocorram.

Então, fique atento para evitar que esses desvios se tornem casos mais graves:

  1. Dê palestra e instrua seus funcionários da forma correta com casos populares de acidentes operacionais;
  2. Crie manuais de como se utilizar máquinas, quais são os equipamentos de proteção adequados e rotas de fuga;
  3. Mantenha canais de diálogo com seus funcionários e use-o para ressaltar a importância de evitar esses desvios.

3. Fique atento a sua realidade

Cada situação tem suas peculiaridades e deve ser julgada de forma separada. O que acontece na “Empresa X” pode não servir de exemplo para a “Empresa Y”. Mas, voltando para o princípio de Bird, por exemplo, é evitando os desvios e acidentes primários que se evitam os mais graves.

Passos simples como certificação de que os funcionários usam seus EPIs de forma correta são uma forma eficaz de começar a evitar que grandes acidentes aconteçam.

Lembre-se de que contar com EPIs de qualidade e confeccionados por uma empresa séria, com referência no mercado e Certificado de Aprovação pode reduzir os desvios da sua pirâmide de acidentes. Afinal, além da durabilidade, é necessário que o EPI seja confortável, caso contrário os colaboradores terão resistência em utilizá-lo.

Se ainda não conhece os nossos EPIs, baixe nosso catálogo (logo abaixo) e tire as suas dúvidas com a nossa equipe comercial. Eles sempre têm boas dicas para você!

Mas, antes de ir, conta aqui para a gente: você já tinha ouvido falar da Pirâmide de Bird? Como você a utiliza na sua empresa?

Abraço e até a próxima!

Pedro Bezerra
SUPREMA | EPIs para Alta Temperatura

 

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