A ideia de que o pior jamais acontecerá é comum em muitos jovens. Faz parte da juventude não medir as consequências de grande parte de seus atos. Mas, e quando são as empresas que agem de forma imprudente e colocam a vida de muitos colaboradores e circunvizinhos em risco por não calcularem ou até por ignorarem as consequências de suas decisões?
Tecnicamente, empresas e empregadores deveriam ser fiscalizados e penalizados por expor a vida de outros a risco. Mas, muitas vezes, o número que conta são os dígitos no faturamento e não as horas a mais de vida. E se você acha que isso só acontece no Brasil, certamente precisa ler este artigo até o final.
Separamos uma lista com os maiores casos de acidentes de trabalho no Brasil e no mundo para alertar que imprevistos – e até previstos – podem acontecer e a sua empresa precisa estar preparada para eles!
Brumadinho, Minas Gerais
Infelizmente, um dos acidentes de trabalhos mais trágicos da história aconteceu no Brasil, tão recentemente que segue presente no nosso cotidiano. O rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração controlada pela Vale S/A, próxima ao Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais, vitimou mais de 200 pessoas, deixando ainda dezenas de desaparecidos.
As causas da tragédia ainda estão sendo apuradas, mas é consenso que o trabalho de fiscalização e prevenção deveria ter sido reforçado, principalmente porque, há 3 anos, um acidente similar aconteceu em Mariana, Minas Gerais.
Bhopal, Índia
Considerado o maior desastre industrial da história, um vazamento de gás da fabricante de pesticidas Union Carbide em Bhopal, na Índia, afetou a vida de mais de meio milhão de pessoas. Ocorrido em dezembro de 1984, o acidente vitimou, na hora, cerca de 3.000 pessoas. Em duas semanas, o número já passava de 8.000. Hoje, estima-se que foram mais de 13.000 vidas perdidas direta ou indiretamente, além do número absurdo de feridos.
O mais triste é que, mais uma vez, a tragédia teria sido evitada com duas medidas simples: cumprimento das medidas de segurança e fiscalização.
Chernobyl, Ucrânia
O acidente nuclear mais conhecido da história aconteceu na União Soviética há mais de 30 anos e, apesar dos números oficiais registrarem 28 mortes diretas e 15 indiretas, a contagem de vítimas fatais seguramente passa dos milhares, além de todos que sofrem até hoje as sequelas causadas pela exposição à radiação.
O desastre aconteceu após a explosão de um dos quatro reatores da Usina Nuclear de Chernobyl, seguido de um grande incêndio, em abril de 1986. As consequências foram a contaminação radioativa de toda região próxima e danos colaterais em regiões mais distantes.
As investigações concluíram que o acidente teria sido evitado se a Usina tivesse protocolos de segurança mais rigorosos. Até hoje a região da explosão é considerada de alto risco para qualquer forma de vida.
Daca, Bangladesh
A queda de parte da estrutura de um prédio comercial na capital de Bangladesh em 2013 tirou a vida de 1127 pessoas. O Rene Plaza era um complexo onde funcionavam diversas fábricas e lojas e o desabamento aconteceu por falhas na estrutura devido à falta de fiscalização competente. Mesmo assim, as mortes poderiam ser evitadas, pois as paredes sofreram rachaduras no dia anterior. A ordem para evacuação do prédio, que deveria ter sido lacrado, foi ignorada.
O acidente expõe as consequências não apenas da falta de supervisão, mas do descumprimento de medidas de segurança simples.
Jesse, Nigéria
A explosão de um gasoduto estatal na comunidade de Jesse, na Nigéria, em 1998, foi tão fatal quanto polêmica. No total, foram 1082 mortes em um acidente que não foi devidamente periciado e até hoje carece de uma versão oficial. O Estado alega que a explosão foi proposital, causada pelos próprios funcionários que romperam o gasoduto intencionalmente.
Outras fontes afirmam que o Governo foi negligente na manutenção do canos e que um funcionário que fumava no local jogou a ponta de cigarro acesa no chão, causando a explosão. Qualquer que seja a razão final, é mais um caso que teria sido evitado com fiscalização e obediência aos protocolos de segurança.
Quanto vale uma vida?
O avanço das medidas de segurança para prevenção de acidentes no trabalho, as novas tecnologias que permitem estruturas e equipamentos cada vez melhores e o aperfeiçoamento constante dos profissionais de SST mostram que a saúde do trabalhador deve ser a prioridade número 1 do mercado. É importante que os empregadores tenham essa noção, mas os próprios funcionários devem estar atentos a seus direitos, deveres e responsabilidades nesse assunto.
Quando os reguladores exigem, por exemplo, que as companhias siderúrgicas cumpram uma série de pré-requisitos para operar, elas estão defendendo não apenas as pessoas que trabalham naquela condição vulnerável, mas também a própria empresa e até a região do entorno e quem vive nela. Ao mesmo tempo, o operário que está sempre junto ao alto-forno deve entender que o EPI para Altas Temperaturas é mais que uma medida de segurança, mas também um instrumento para resguardar algo que não tem preço: sua vida.
As tragédias industriais são muito tristes e muitas vezes irreparáveis, mas aprender com esses erros para evitá-los no futuro é também uma forma de respeitar a memória daqueles que se foram. A vida de cada trabalhador tem um valor que dinheiro nenhum no mundo paga, por isso deve ser protegida.
E se você também pensa como nós, compartilhe esse texto para seus amigos! Garantir a segurança de colaboradores não é custo operacional, é investimento em qualidade de vidas humanas! Você não acha?
Um grande abraço,
Pedro Bezerra
SUPREMA | EPIs para Alta Temperatura