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Risco Físico Calor: o que é e como se proteger

Você sabia que o risco físico calor é uma das fontes de afastamento e aposentadoria especial mais presente na indústria?

A exposição ao calor é capaz de levar trabalhadores a desenvolverem doenças graves de forma silenciosa, que quando são descobertas, geram afastamento e até a aposentadoria. Isso é péssimo para todos os envolvidos.

E para ajudar você a evitar esse tipo de problema, preparamos um guia com as principais informações sobre o risco físico calor e como você pode fazer para proteger a sua empresa e os trabalhadores.

O que é o risco físico calor

O risco físico calor é um fator de risco para a saúde de profissionais expostos a ambientes de trabalho com altas temperaturas, como em siderúrgicas, fundições, indústrias têxteis, padarias e até trabalhadores que desempenham suas atividades a céu aberto, sob o sol.

Esse tipo de exposição pode levar o trabalhador a problemas de saúde leves a graves, indo desde a desidratação e insolação até queimaduras, câncer de pele e problemas de visão.

O calor pode ser transmitido de 3 formas:

  1. Por condução: quando o calor passa de um elemento sólido para o outro
  2. Por convecção: só ocorre em materiais líquidos e gases quando as moléculas aquecidas trocam de lugar com as mais frias
  3. Por irradiação: quando o calor é transmitido por ondas eletromagnéticas

Trabalhadores em ambientes com altas temperaturas sofrem com a redução da capacidade muscular, que reduz o desempenho e gera distúrbio da coordenação sensório-motora. Por conta disso erros e acidentes tendem a ocorrer com mais frequência, conforme o nível de vigilância cai, principalmente quando a temperatura ultrapassa 30°C.

Reações do organismo ao risco físico calor

A exposição ao calor gera reações diversas no corpo humano. Veja a seguir as principais e mais comuns em ambientes de trabalho insalubres devido a alta temperatura.

  • Exaustão
  • Desidratação
  • Cãibra
  • Choque térmico
  • Tontura
  • Hipertermia

Por ter um mecanismo de autodefesa, o corpo humano quando sente o aumento da temperatura começa a se defender. E para isso ele utiliza dois mecanismos:

  • A vasodilatação periférica, que é o aumento do fluxo de sangue na superfície do corpo, permitindo maior troca de calor entre o organismo e o meio ambiente;
  • A sudorese, que permite a perda de calor pela evaporação do suor.

Quando esses mecanismos de defesa se tornam insuficientes e a perda de calor para de ocorrer, o corpo pode começar a sofrer com fadiga fisiológica e desenvolver doenças como:

  • Câncer de pele
  • Distúrbios psiconeuróticos
  • Problemas de vista
  • Queimaduras
  • Problemas cardiocirculatórios

Para que esses problemas e doenças não ocorram é preciso proteger os trabalhadores com os EPIs adequados e controlar a temperatura do ambiente, assim como o nível de exposição dos profissionais.

Como proteger os trabalhadores e controlar a temperatura

As medidas de prevenção e controle estão dispostas no anexo 3 da NR-15, que trata também das questões de insalubridade desse tipo de atividade. Mas para que as medidas de proteção e controle sejam tomadas, é preciso identificar os níveis de calor no ambiente primeiro.

Avaliação do calor no ambiente

A exposição ao calor é avaliada pelo IBUTG (Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo), e pode ser calculada usando as fórmulas a seguir:

Para ambientes internos ou externos sem incidência de carga solar

IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg

Para ambientes externos com incidência de carga solar

IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg

Nas fórmulas, as variáveis significam:

  • tbn = temperatura de bulbo úmido natural
  • tg = temperatura de globo
  • tbs = temperatura de bulbo seco

A partir dos valores do IBUTG, medidas deverão ser tomadas tanto em relação à estrutura do ambiente de trabalho quanto aos equipamentos de proteção utilizados pelos trabalhadores. Tudo conforme a regulamentação da NR-15.

Medidas de Controle no Ambiente

É importante que o ambiente de trabalho esteja adequado, de acordo com as Normas Regulamentadoras, para que o controle de temperatura seja feito e os fatores que influenciam na sobrecarga térmica sejam reduzidos.

Entre as principais medidas que podem ser adotadas estão (SALIBA, 2011):

  • Insuflação de ar fresco no local
  • Revestimento adequado das tubulações condutoras de fluido térmico
  • Aumento da circulação de ar no ambiente
  • Exaustão dos vapores d’água
  • Uso de barreiras refletoras ou absorventes
  • Automatização de processos para reduzir o trabalho manual e a exposição dos trabalhadores

Medidas de Controle Administrativas

Também é possível tomar outras medidas para reduzir a sobrecarga térmica, como a realização de exames médicos periódicos nos trabalhadores com o objetivo de identificar possíveis problemas gerados pela exposição ao calor.

Uma outra medida muito importante é fazer a aclimatação do trabalhador, já que ao ser exposto a altas temperaturas pela primeira vez há um aumento significativo da temperatura retal e frequência cardíaca. Isso passa depois de uma semana, mas para evitar essas situações, a aclimatação é fundamental.

Manter o trabalhador exposto ao calor somente pelo tempo regulamentado também é uma medida de controle bastante eficaz, assim como a substituição de água e isotônico, já que o profissional exposto a alta temperatura deve beber mais água para compensar a perda de líquido pela transpiração.

EPIs para Altas Temperaturas

É importante saber que no caso da exposição a altas temperaturas, o uso de EPIs não minimiza os riscos do trabalhador sofrer uma sobrecarga térmica. Eles ajudam principalmente a evitar queimaduras por respingos de resíduos ou fagulhas.

Os tipos mais comuns de EPIs para trabalho em alta temperatura são:

  • Óculos de proteção: protegem os olhos contra o contato direto com fagulhas e resíduos
  • Vestimenta Aluminizada: isolam o corpo contra os fatores externos
  • Luvas térmicas: protegem as mãos contra o contato direto com materiais quentes
  • Capuz de segurança: protegem a região do rosto contra fagulhas e resíduos, além de ajudarem no controle de temperatura da região

O risco físico calor é um dos mais complexos de lidar e proteger, por isso é importante seguir o que as Normas Regulamentadoras recomendam e manter os trabalhadores em ambiente seguro e com os EPIs adequados.

A segurança e saúde dos trabalhadores influencia diretamente na saúde da empresa e nós da SUPREMA Luvas estamos aqui para ajudar você a manter tudo em segurança, oferecendo os melhores EPIs para alta temperatura do mercado.

Acesse nossa área de produtos e conheça a linha completa de EPIs.

Um grande abraço e até a próxima!

Pedro Bezerra
SUPREMA | EPIs para Alta Temperatura

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