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Gestão de afastados: Conheça o papel do profissional de SST

O afastamento de trabalhadores por doenças ou acidentes é um problema recorrente em diferentes empresas. Para o profissional de Segurança e Saúde no Trabalho (SST), isso exige a gestão de afastados, que vai muito além do cumprimento das exigências legais.

Afinal, essa gestão se apresenta como uma oportunidade para o profissional de SST demonstrar a importância de um ambiente seguro e saudável, além de assegurar que o trabalhador retorne ao serviço em condições plenas de saúde.

O que é gestão de afastados?

Trata-se do monitoramento dos afastamentos do trabalho por doença e por acidente, bem como o acompanhamento dos próprios trabalhadores afastados.

Esse gerenciamento engloba diferentes atividades, como:

  • Acompanhamento dos colaboradores durante o afastamento;
  • Manutenção do acesso aos benefícios dos funcionários, como FGTS e plano de saúde;
  • Comunicação clara entre a empresa e os colaboradores;
  • Implementação de ações preventivas;
  • Controle de prazos e quantidade de afastados;
  • Análise do índice de absenteísmo;
  • Verificação de perícias e agendamentos;
  • Contestação de laudos do INSS.

 

Por isso, a gestão de afastados é uma tarefa complexa. Ela cabe, basicamente, ao departamento de Recursos Humanos (RH) e aos profissionais de SST. Além das atividades acima listadas, também cabe a eles entender o porquê dos afastamentos e como eles poderiam ter sido evitados.

Qual é o papel do profissional de SST na gestão de afastados?

Os profissionais de Saúde e Segurança no Trabalho são agentes fundamentais no gerenciamento de afastamentos. Eles atuam em três frentes principais: prevenção, acompanhamento dos trabalhadores afastados e preparação para o retorno ao trabalho.

Prevenção contra novos acidentes e doenças

Ao profissional de SST cabe identificar os riscos existentes no ambiente de trabalho e implementar medidas preventivas eficazes.

Essas medidas podem incluir regras internas de segurança, concessão e fiscalização do uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), treinamentos, correção de problemas ergonômicos, entre outros.

Além disso, os profissionais de SST utilizam dados dos afastamentos para entender suas causas e prevenir recorrências. Por exemplo, é possível analisar se um acidente foi causado por falha no EPI ou pela baixa qualidade do equipamento. Se necessário, o profissional de SST pode orientar a empresa a buscar fornecedores mais confiáveis.

Acompanhamento durante o afastamento

Outra tarefa essencial na gestão de afastados é o acompanhamento do colaborador durante seu período de afastamento. Manter contato com o trabalhador fortalece o vínculo entre ele e a empresa, promovendo maior engajamento no retorno.

Esse monitoramento também permite que o profissional de SST acompanhe os procedimentos relacionados à concessão de benefícios previdenciários, como o auxílio por incapacidade temporária, assegurando que o trabalhador receba corretamente os direitos que lhe cabem.

Essa função deve ser desempenhada em conjunto com o RH, garantindo organização para o retorno do trabalhador quando ele estiver apto a reassumir suas atividades.

Preparação para o retorno

A gestão de afastados também deve incluir estratégias para o retorno do trabalhador ao serviço. Pode ser necessário ajustar o posto de trabalho ou reduzir temporariamente a carga horária para facilitar a readaptação.

Aqui, o profissional de SST desempenha um papel estratégico, sugerindo adaptações ergonômicas, mudanças nas rotinas de trabalho ou realocação do colaborador para uma função que reduza riscos à sua saúde.

Por que o profissional de SST deve atuar na gestão de afastados?

Porque esses profissionais são responsáveis pela promoção da saúde e segurança no ambiente de trabalho. Como os afastamentos geralmente decorrem de falhas nas políticas de proteção, a gestão adequada permite reforçar essas políticas e reduzir os riscos futuros.

Dessa forma, a gestão possibilita a identificação de falhas que levam ao desenvolvimento de doenças ocupacionais e acidentes. Com base nessa análise, o profissional de SST pode criar estratégias e políticas de mitigação, sempre em conformidade com as normas regulatórias.

Redução de custos e impacto no FAP

O Fator Acidentário de Prevenção (FAP) é um índice que ajusta o valor que a empresa paga pelo Seguro de Acidente de Trabalho (SAT). Esse ajuste é feito com base na frequência, gravidade e custo dos acidentes de trabalho registrados na empresa.

Quanto maior o número de acidentes e afastamentos, maior será o FAP e, consequentemente, o custo para a empresa. Dessa forma, uma gestão eficiente de afastados auxilia a empresa a manter esse índice sob controle.

Com isso, é possível obter economias significativas no longo prazo, além de demonstrar a importância das práticas de SST. Isso também fortalece a reputação da empresa no mercado, evidenciando sua preocupação com a segurança dos trabalhadores.

Prevenção de multas trabalhistas e previdenciárias

A gestão de afastados também ajuda a empresa a garantir conformidade com as normas trabalhistas, prevenindo multas e sanções.

Esse gerenciamento inclui a realização de exames de retorno ao trabalho, elaboração de laudos médicos e acompanhamento contínuo do trabalhador. Também abrange a manutenção de benefícios durante o afastamento e o cumprimento de obrigações como a estabilidade de emprego por 12 meses após afastamentos acidentários.

Com essa gestão, o profissional de SST e o RH podem identificar e cumprir todas as obrigações do empregador, minimizando riscos jurídicos.

Adaptações de segurança

Ao gerenciar afastamentos, os profissionais de SST têm a oportunidade de analisar as principais causas e revisar as políticas de proteção existentes. Isso inclui avaliar os EPIs utilizados, a frequência de substituição e a fiscalização do uso correto.

Além disso, a análise contínua permite identificar novos fatores de risco e adotar medidas preventivas para mitigar ameaças à saúde e segurança dos trabalhadores.

Como gerenciar os afastados?

A gestão de afastados pelo profissional de SST pode ser promovida por meio das seguintes ações:

  • Manter contato frequente com o colaborador afastado para acompanhar sua recuperação;
  • Organizar e atualizar a documentação do afastamento, incluindo atestados médicos, relatórios de acompanhamento e comunicações com o INSS;
  • Planejar estrategicamente o retorno do colaborador, considerando seu estado de saúde física e mental, bem como possíveis restrições;
  • Revisar atividades insalubres e implementar melhorias nas medidas de proteção;
  • Propor ajustes nas condições de trabalho;
  • Oferecer treinamentos adicionais e recomendar o uso de novos EPIs.

EPIs e gestão de afastados: Proteção e prevenção contra novos afastamentos

A concessão de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é uma obrigação da empresa sempre que há riscos à saúde e integridade física dos trabalhadores. Por exemplo, funcionários expostos a agentes insalubres acima dos limites de segurança precisam de EPIs adequados para neutralizar esses riscos.

Para garantir que os EPIs oferecidos sejam de alta qualidade, empresas como a SUPREMA oferecem soluções especializadas em proteção contra exposição ao calor.

Entre em contato com nossos especialistas, clicando aqui e lembre-se, estamos à disposição para ajudá-lo a encontrar os melhores EPIs.

Abraços.

Pedro Bezerra
SUPREMA | EPIs para Alta Temperatura

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