A indústria siderúrgica é uma indústria pesada. Além dos riscos de segurança normalmente presentes em fábricas gigantescas, equipamentos massivos e movimento constante de materiais, os funcionários são expostos ao calor do metal fundido a temperaturas de até 1.800 graus, além de substâncias tóxicas ou corrosivas transmitidas pelo ar e muito ruído.
Estimulada por pressões econômicas por maior eficiência e disposições regulatórias, a indústria do aço fez grandes avanços na introdução de equipamentos mais novos e processos aprimorados que proporcionam maior segurança e melhor controle de riscos físicos e químicos.
Mortes no local de trabalho e acidentes mais graves foram reduzidos significativamente, mas ainda são um problema. Trabalhar em uma usina siderúrgica continua sendo uma ocupação perigosa, na qual os riscos potenciais nem sempre podem ser eliminados.
Consequentemente, isso representa um desafio formidável para uma Cultura de Segurança. Requer estudos e monitoramento contínuos, supervisão responsável, atualização e formação de colaboradores em todos os níveis.
O que é uma siderúrgica?
A siderúrgica é a indústria responsável pelo processamento de ferro e aço em seus subprodutos. Nelas, grandes quantidades de material são processadas e transportadas por equipamentos pesados, o que costuma gerar graves problemas de segurança do trabalho, meio ambiente e saúde.
Normalmente, é necessária uma abordagem integrada para lidar com essa situação. Isso inclui a combinação de boas práticas de engenharia e manutenção, procedimentos de trabalho seguro, treinamento de funcionários e uso de equipamento de proteção individual (EPI), como o Capuz Forneiro, por exemplo.
Qual a importância da siderurgia?
Os produtos da indústria do aço desempenham um papel crucial no desenvolvimento da sociedade. As empresas siderúrgicas competitivas geram empregos, receitas de exportação, receitas fiscais e inovações.
Por isso, criar uma cultura de segurança nessa indústria é de suma importância. A primeira responsabilidade desse gerenciamento é fornecer as condições físicas mais seguras possíveis, mas normalmente é necessário obter a cooperação de todos nos procedimentos de segurança.
Dessa forma, comitês de prevenção de acidentes, representantes de segurança dos funcionários, incentivos de segurança, competições, esquemas de sugestão, slogans e avisos de advertência podem desempenhar um papel importante na implementação da segurança na fábrica.
Envolver todas as pessoas em avaliações de perigos local, observação de comportamento e exercícios de feedback podem promover atitudes positivas de segurança e grupos de trabalho focados que trabalham para prevenir lesões e doenças.
Quais os principais riscos na siderurgia?
O Código de Prática sobre Segurança e Saúde na Indústria do Ferro e do Aço da Organização Internacional do Trabalho identifica mais de 27 perigos que contribuem para acidentes e lesões.
No entanto, os maiores perigos incluem:
1. Quedas
O trabalho em aço geralmente envolve alturas significativas, terreno irregular e passagens obstruídas. Não é nenhuma surpresa que escorregões, tropeções e quedas sejam a causa número um de lesões entre os trabalhadores do aço em todo o mundo.
2. Maquinário pesado
O maquinário potente desempenha um papel fundamental na indústria do aço. Também contribui para inúmeras lesões e mortes. Apesar de amplos avisos, treinamento completo e salvaguardas embutidas, acidentes ainda acontecem. As pessoas se esquivam, o equipamento se deteriora e os mecanismos de segurança falham.
3. Ruído
Siderúrgicas e canteiros de obras não são ambientes silenciosos. A perda auditiva é comum entre os trabalhadores do aço, especialmente quando a proteção auditiva adequada não é usada religiosamente.
O ruído áspero contínuo também tem um preço psicológico, levando à fadiga e à ansiedade.
4. Toxinas
Produtos químicos perigosos e toxinas transportadas pelo ar são fatos da vida nas siderúrgicas. O manuseio incorreto pode causar queimaduras químicas, cegueira e danos aos pulmões.
Além do mais, ao longo de anos e décadas, a exposição a toxinas como o amianto pode resultar em cânceres e doenças pulmonares com risco de vida.
5. Altas Temperaturas
Muitos trabalhadores siderúrgicos acabam expostos ao calor ou a ferramentas elétricas diariamente. A exposição à altas temperaturas pode causar desde a desidratação a queimaduras e até câncer de pele.
6. Levantamento de peso
Os empregos na indústria do aço são fisicamente exigentes. Eles exigem levantamentos repetidos, flexões e outras formas de esforço. Quando os trabalhadores realizam tarefas extenuantes dia após dia, ano após ano, seus corpos se desgastam.
Lesões nas costas, pescoço, joelho e ombro são especialmente prevalentes entre os trabalhadores do aço.
É impossível eliminar completamente os riscos envolvidos na siderurgia. No entanto, é possível reduzi-los. Quando cada trabalhador, supervisor e empregador prioriza a segurança, todos se beneficiam.
Como evitar os riscos?
Há 5 regras muito importantes a serem seguidas pelos trabalhadores da indústria siderúrgica. São elas:
- Esteja sempre ciente de seus colegas e arredores – escorregões, tropeções e quedas em uma usina siderúrgica são mais propensos a causar ferimentos graves do que em outros ambientes de trabalho;
- Certifique-se de que roupas, cabelo e outros artigos soltos não atrapalhem ao usar máquinas;
- Siga as orientações de treinamento cuidadosamente para cada peça de maquinário, não importa o quão experiente você seja;
- Sempre use o EPI necessário e certifique-se de que está em perfeitas condições de uso. Exija substituições se você achar que está com defeito;
- Antes de usar um equipamento, verifique se ele é adequado à sua função e se permite a correta execução dos movimentos laborais.
Não descuide da segurança da sua equipe. Conte sempre com EPIs de qualidade e certificado de aprovação. Conte com os EPIs para Altas Temperaturas da SUPREMA.
Um grande abraço e até a próxima.
Pedro Bezerra
SUPREMA | EPIs para Alta Temperatura
Respostas de 2
Os EPIS quando vencidos , eles são totalmente recolhidos pelos fabricantes, ou ainda são totalmente reaproveitados .
Prezado Carlos, bom dia.
Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) possuem um prazo de validade determinado pelo fabricante, que deve ser rigorosamente observado para garantir a segurança dos trabalhadores. Após o vencimento desse prazo, os EPIs não devem ser reutilizados, pois sua eficácia e integridade podem estar comprometidas.
No que se refere ao Certificado de Aprovação (CA), este é um documento emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego que certifica a conformidade do EPI com as normas de segurança vigentes. A validade do CA é distinta da validade do EPI: enquanto o CA tem validade de até cinco anos e se refere à autorização para comercialização do equipamento, a validade do EPI é estipulada pelo fabricante e diz respeito ao período durante o qual o equipamento mantém suas propriedades de proteção. É importante notar que, mesmo que o CA esteja vencido, um EPI adquirido dentro do período de validade do CA pode ser utilizado até o término de sua vida útil, conforme indicado pelo fabricante.
Quanto ao destino dos EPIs vencidos, não há uma obrigação legal que determine que os fabricantes sejam responsáveis pelo recolhimento desses equipamentos. Geralmente, a responsabilidade pelo descarte adequado dos EPIs após o término de sua vida útil recai sobre as empresas que os utilizam. É essencial que essas empresas adotem práticas de descarte ambientalmente corretas, conforme as diretrizes estabelecidas pelos órgãos ambientais competentes.
Em relação ao reaproveitamento de EPIs vencidos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esclarece que não há evidências científicas que assegurem a eficácia e a segurança do reúso de EPIs classificados como “PROIBIDO REPROCESSAR” ou “O FABRICANTE RECOMENDA O USO ÚNICO”. Portanto, o reprocessamento ou reaproveitamento de EPIs vencidos não é recomendado, especialmente quando o fabricante indica uso único ou proíbe o reprocessamento.
Em suma, após o vencimento de sua vida útil, os EPIs devem ser descartados de maneira adequada pelas empresas usuárias, não sendo recomendada sua reutilização ou reaproveitamento, a menos que existam protocolos seguros e validados que assegurem a eficácia e a segurança do reprocessamento, conforme as orientações do fabricante e das autoridades competentes.
Se tiver outras dúvidas, estamos à disposição.
Abs,
Pedro