Seja qual for o segmento em que você trabalhe como Profissional de SST, uma coisa é certa: o fator humano é essencial para uma boa execução de tarefa ou gerar riscos ao desenvolvê-la.
Isso acontece porque as pessoas estão suscetíveis a várias influências, tanto internas quanto externas, o que impacta diretamente na forma como elas se protegem durante o trabalho.
Por isso é tão importante fazer a Análise de Perigo da Tarefa com foco nos possíveis fatores humanos que podem induzir a falha de segurança.
No blogpost de hoje vamos falar sobre como você pode fazer isso.
O que é uma Análise de Perigos da Tarefa?
Análise de Perigos da Tarefa ou Análise de Risco de Trabalho (ART), como também é conhecida, é uma ferramenta utilizada por Profissionais de SST para reduzir a possibilidade de acidentes no ambiente laboral.
Sua principal finalidade é identificar possíveis perigos que podem ter passado desapercebidos nas etapas de elaboração de um programa de segurança no trabalho ou então devido a mudanças em processos e procedimentos de trabalho.
Realizar uma Análise de Perigos da Tarefa pode proporcionar diversos benefícios de forma preventiva para a sua empresa. Vamos a alguns exemplos:
- Identificar os atuais e potenciais perigos relacionados ao trabalho;
- Determinar como estas falhas de segurança devem ser gerenciadas de acordo com a sua necessidade;
- Ações de segurança mais planejados;
- Promover um ambiente seguro para novos e antigos colaboradores;
- Revisão de procedimentos após ocorrências de acidentes ou incidentes;
- Oportunizar a verificação de melhorias de saúde e segurança;
- Aumentar o envolvimento dos trabalhadores nos processos de segurança;
- Diminuir os custos de indenizações e em ações em excesso de segurança
Como é feita uma Análise de Perigos de Tarefa
Antes de falar sobre como elaborar esta análise, é importante reforçar que essa estratégia de segurança precisa integrar os princípios de saúde e segurança com tarefas laborais e também envolver os funcionários responsáveis por cada uma dessas tarefas que serão analisadas.
O primeiro passo para começar a fazer a análise na sua empresa, é conhecer cada detalhe do processo produtivo. Apenas dessa forma será possível identificar os diversos tipos e níveis de riscos presentes.
Vamos imaginar que você trabalhe como Profissional de SST em uma metalúrgica e ao analisar as tarefas de um soldador e de um Forneiro, você identificou que ambos precisam de uma proteção facial devido suas atividades. Porém o material desse protetor facial precisa ser diferente para cada um. Para o colaborador que trabalha próximo ao forno da produção, ele precisa de um Protetor Facial para Alta Temperatura. Já o soldador, deve utilizar uma máscara de solda, que é outro EPI que não exige um revestimento tão grande para a proteção da face.
Depois de fazer a análise do ambiente ocupacional e das tarefas de cada funcionário, é hora de fazer o mapeamento dos riscos identificados.
No conjunto de riscos de tarefas existem aqueles que são mais críticos que podem causar acidentes e prejuízos mais sérios tanto ao colaborador, ao meio ambiente e a empresa e aqueles que são importantes, mas possuem um menor nível de gravidade.
Os Profissionais de SST devem priorizar a resolução desses perigos. É possível determinar quais são esses riscos mais graves, através de relatórios de acidentes ou doenças laborais.
Dessa forma, ficará mais fácil identificar quais são os melhores e mais seguros métodos para aplicar na execução das tarefas e diminuir os perigos na execução de cada tarefa do processo produtivo.
Conheça as aplicações da Análise de Perigos da Tarefa
A aplicação da análise pode variar muito de empresa para empresa, mas geralmente ela acontece em casos como:
- Ocorrência de acidentes ou incidentes;
- Quando um ou mais dos colaboradores envolvidos na tarefa não estão familiarizados com todos os perigos da função;
- Quando um novo grupo de colaboradores estão trabalhando juntos;
- Inserção de novos equipamentos ou processos de trabalho.
Um fato importante sobre a Análise de Perigos da Tarefa é que ela não substitui em hipótese alguma as exigências legais que obrigam as empresas a adotarem outros tipos de ações de proteção à saúde dos trabalhadores como EPIs. Pelo contrário, ela deve ser uma estratégia complementar para aumentar o nível de segurança do ambiente.
Afinal, nem todas as leis e orientações conseguem eliminar os riscos de todos os segmentos.
A análise além de ser adequada para as características da sua organização, também deve se pautar nas normas e leis existentes do mercado em que você atua como Profissional de SST.
Determinar quais os riscos presentes em cada função produtiva, além de promover um ambiente mais seguro, também é fundamental para qualquer empresa que busca diferencial competitivo e se manter dentro do que rege a lei.
E, então, gostou do nosso conteúdo sobre Análise de Perigos da Tarefa? Te ajudou a entender como você pode implementá-lo na sua empresa? Caso tenha mais dúvidas, deixe nos comentários, ok?
Abraços e até a próxima.
Pedro Bezerra
SUPREMA | EPIs para Alta Temperatura