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Norma Técnica EN 407 e os riscos térmicos para luvas

Indiscutivelmente, as luvas são um dos EPIs mais utilizados, principalmente, quando falamos de atividades que envolvem as Altas Temperaturas como a fundição, siderúrgica ou o trabalho em forno.

E, muitas vezes, por serem tão comuns no cotidiano laboral, acabamos não nos dando conta dos riscos ao qual estamos expostos sem a sua utilização. As mãos são certamente a parte do corpo de um colaborador mais suscetível a acidentes.

Além do risco de machucados e cortes no manuseio de maquinários, o calor excessivo pode provocar queimaduras sem que, necessariamente, haja o contato com fontes de chama.

Vale lembrar que o calor pode ser transferido por 3 maneiras:

  • pelo contato: ocorre quando se toca em um objeto cuja temperatura é maior do que a sua. No caso, o manuseio de uma forma com metal fundido, por exemplo.
  • por convecção: o calor do material em estado líquido ou gasoso é transferido para o ambiente. Como exemplo, temos a passagem de temperatura de um metal de sólido para o líquido.
  • por radiação: as fontes de calor emitem ondas eletromagnéticas que se espalham pelo ambiente.

Ou seja, é possível que o colaborador sofra danos nas mãos por conta do calor, mesmo que não esteja em contato direto com um material quente ou chama. Daí a necessidade de garantir uma proteção adequada por parte das Luvas para Alta Temperatura. E é aí que entra a EN 407.

Mas, o que é a EN 407?

A EN 407 é uma Norma que regulamenta as condições básicas de segurança para a realização de ensaios em luvas submetidas a Altas Temperaturas a fim de garantir uma mínima proteção contra riscos térmicos.

São 6 os requisitos avaliados. Todos variam de 0 a 4; sendo 0 o pior resultado. Conheça cada um deles:

1. Resistência à inflamabilidade

Aqui, a luva é avaliada para saber quanto tempo o material dela continua incandescente e a arder mesmo após a fonte de calor ter sido retirada. Para garantir a segurança do colaborador, a costura da luva não deve se soltar após 15 segundos de ignição.

2. Resistência ao calor de contato

Este item avalia a capacidade da luva em proteger o colaborador a uma temperatura entre 100°C e 500°C para que não sinta dor por, pelo menos, 15 segundos.

Segundo a Norma europeia, uma luva só terá desempenho 3 nesse quesito, se o desempenho da sua resistência à inflamabilidade for 3 ou 4. Caso contrário, o maior índice que atingirá em resistência ao calor de contato será 2.

3. Resistência ao calor de convecção

Este teste avalia o período de tempo necessário para retardar a transferência de calor proveniente de uma chama.

Novamente, este teste só será mencionado caso o desempenho no teste de inflamabilidade seja de 3 ou 4.

4. Resistência ao calor radiante

Mais um teste cujo resultado só será válido com uma taxa de 3 ou 4 no teste de inflamabilidade.

Trata-se do período de tempo em que a luva é capaz de retardar a transferência de calor ao ser exposta a uma fonte radiante.

5. Resistência a pequenos respingos de metal fundido

Aqui, avalia-se o número de gotículas de metal fundido suficiente para aquecer a luva. Mais uma vez, é necessário um desempenho 3 ou 4 no teste de inflamabilidade para validar esse resultado.

6. Resistência a grandes massas de metal fundido

Neste teste, analisa-se o peso de metal fundido necessário para perfurar a pele. Considera-se a falha deste teste quando respingos de metal ficam colados ao tecido da luva ou se esta pega fogo.

A importância de escolher EPIs adequados

Como você pôde observar, é essencial conhecer o processo de fabricação, os testes realizados, as Normas de regulamentação e verificar o Certificado de Aprovação dos EPIs para garantir um padrão de qualidade. Só assim é possível salvaguardar a vida da sua equipe e garantir a produtividade da sua empresa.

Continua com dúvidas sobre a EN 407 ou quer saber mais sobre outras Normas? Deixa um comentário aqui para a gente!

Espero você!

Abraços!

Pedro Bezerra
SUPREMA | EPIs para Alta Temperatura

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