Desde janeiro de 2022, a Síndrome de Burnout é reconhecida no Brasil como doença ocupacional, entretanto, ainda é tratada como tabu pelas empresas.
Neste blogpost, trataremos do impacto do reconhecimento do transtorno para o trabalhador, como ele pode afetar as empresas e seus colaboradores, e os principais sintomas a serem observados. Continue lendo e confira!
Afinal, o que significa a Síndrome de Burnout?
A Síndrome de Burnout é considerada um transtorno psíquico definido em 1974 pelo psicólogo alemão Hebert J. Freudenberger.
Está associada a um estado de tensão emocional e estresse crônico, ambos causados pelas condições de trabalho oferecidas aos trabalhadores. Isso abrange os aspectos físicos, emocionais e psicológicos.
Vale esclarecer um ponto importante, a origem do termo. Burnout é o colapso físico ou mental causado pelo excesso de trabalho ou estresse laboral.
Não deve ser confundido com o estresse, que pode aparecer em diferentes contextos, enquanto o Burnout é causado pela exaustão em relação à atividade ou ambiente de trabalho.
Síndrome de Burnout agora é doença ocupacional, mas o que muda na prática?
Desde o dia 1º de janeiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incorporou a Síndrome de Burnout à lista das doenças ocupacionais. Na prática, além de minimizar o estigma do transtorno, os indivíduos diagnosticados agora possuem as mesmas garantias trabalhistas e previdenciárias das demais doenças do trabalho.
Dentro da CID-11 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde), a Síndrome de Burnout passou a ter o código QD85 no Brasil.
A partir de agora, o colaborador diagnosticado com Burnout tem direito a 15 dias de afastamento remunerado. Após esse período, o trabalhador receberá o auxílio-doença acidentário, benefício previdenciário pago pelo INSS, e terá a estabilidade provisória por 12 meses após seu retorno.
O que o esgotamento profissional pode afetar?
Os custos do esgotamento profissional são altos tanto para as organizações quanto para seus funcionários. As pessoas que têm essa síndrome costumam ter um declínio drástico na produtividade, perdem oportunidades e são mais propensas a cometer erros.
Imagine o problema quando se trabalha em um forno industrial, espaços confinados ou exposto a altas temperaturas? O uso inadequado ou o não uso de EPIs como o Protetor Facial para Alta Temperatura pode ocasionar sérios prejuízos aos colaboradores e à empresa!
Por sua vez, o negócio também é afetado. Começa a sofrer com acidentes de trabalho e aumento dos gastos com saúde dos trabalhadores, começa a apresentar problemas com má gestão e alta rotatividade de funcionários.
As consequências disso são a perda de clientes, problemas de saúde dos funcionários e redução da competitividade organizacional.
Quais são os principais sintomas da Síndrome de Burnout?
Burnout pode ser identificado a partir dos menores sinais. No entanto, com o tempo, eles se tornam cada vez mais evidentes, e é aí que a síndrome eclode. Abaixo estão alguns dos principais sintomas.
Queda significativa na produtividade
Imagine que nada é o que costumava ser. A produtividade diminuiu e você não pode mais trabalhar durante o horário comercial.
Isso, por sua vez, cria um acúmulo de tarefas, o que o deixa ainda mais ansioso e estressado por não conseguir alcançar o sucesso desejado.
O declínio na produção é um dos primeiros sintomas do Burnout e geralmente é seguido por uma baixa qualidade na execução de tarefas que costumavam ser realizadas com facilidade.
Sentimento de impotência
E por falar em estresse, o acúmulo de tarefas e responsabilidades e as constantes pressões associadas ao não aproveitamento das habilidades dos funcionários causam sentimentos de desamparo.
Portanto, a falta de expectativas contribui para que o ambiente de trabalho se torne um fardo para algumas pessoas. Em várias ocasiões, isso gera um colapso físico e emocional e um declínio na autoconfiança, e os funcionários sentem que seu trabalho não faz mais sentido.
Somatização
Dores de cabeça, perda de apetite, taquicardia, baixa imunidade e falta de ar são apenas alguns dos problemas causados pela somatização, que é a manifestação física dos transtornos mentais.
Quando percebem que a presença de determinadas doenças é frequente, sem motivo aparente, os empregadores devem observar seu local de trabalho. A manifestação desse sintoma depende do nível de envolvimento com ele.
Mudanças de humor
Se você está sentindo os sintomas, e alguma coisa te irrita, te deixa mais sensível ou triste, tente identificar se o problema no trabalho está ultrapassando as barreiras e interferindo no convívio com os colegas.
Como você trata o problema?
A Organização Mundial da Saúde classifica a Síndrome de Burnout como estresse crônico no trabalho. Defende um tratamento por meio de psicoterapia e uso de medicamentos, como antidepressivos e/ou ansiolíticos, que devem ser prescritos por um médico.
No entanto, aqueles que sofrem de Burnout podem se ajudar com algumas atitudes simples aplicadas à vida cotidiana.
Desconecte-se das obrigações
Desconecte-se do trabalho sempre que estiver longe dele. O excesso de informação a que estamos expostos gera ainda mais estresse e imediatismo em nosso dia a dia, agravando o esgotamento psicológico.
Aproveite seu tempo livre
Durante o seu tempo livre, pratique atividades físicas e esteja perto de quem faz você se sentir bem. O exercício físico, por exemplo, é um ótimo remédio para combater o estresse, sem falar nos benefícios que ele proporciona à saúde.
Portanto, aproveite seu tempo livre do trabalho. Mesmo que você não faça nada, você pode descansar. Isso ajudará você a ter forças para combater os sintomas de Burnout e evitar o acúmulo de estresse e ansiedade em sua rotina.
Procure ajuda de seus superiores
O trabalho está te desgastando tanto que você nem sente vontade de ir? Uma boa maneira de lidar com essa questão é conversando com seus superiores.
Abra-se com eles sobre a situação, converse sobre soluções (como diminuir a carga de trabalho) e, se possível, peça uma licença ou a antecipação do período de férias.
A transparência é fundamental para ganhar a confiança dos seus superiores e alertá-los sobre a organização do local de trabalho.
Em diversas situações, o problema está no formato do negócio e nas pressões aplicadas aos funcionários. Assim, uma conversa pode ser essencial para contornar a situação e evitar que outras pessoas sofram com o problema.
Agora, se o problema for a qualidade, durabilidade ou o conforto de EPIs, você pode sugerir os equipamentos para Alta Temperatura da SUPREMA. Conheça nossos produtos!
Um grande abraço e até a próxima!
Pedro Bezerra
SUPREMA | EPIs para Alta Temperatura